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Pressão política mira aumento das metas de inflação

Passada a reunião do Copom que manteve, sem surpresas, a Selic em 13,75%, os sinais políticos na equipe econômica indicam a revisão das metas de inflação de 2024 e 2025 na reunião do CMN marcada para junho. O objetivo deste ano, 3,25%, perdeu relevância, mas a meta de 3% para os dois anos seguintes pode ser alargada. O comunicado da decisão de ontem citou que essa era a escolha mais adequada para o cumprimento da meta com a deterioração do cenário externo, o aumento das incertezas e a desancoragem das expectativas. O governo tem dois dos três votos do CMN. Simone Tebet tem feito coro com Fernando Haddad na expectativa de corte da Selic, mas a equipe econômica sabe que as informações passadas ao Banco Central sobre o novo arcabouço fiscal foram insuficientes para convencer o Copom. Depois da Lei Complementar 179/2021, a pressão política também é uma espécie de gatilho para os defensores da autonomia do BC reforçarem sua posição.

Arnaldo Galvão – Direto de Brasília

Foto: Mais Retorno

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