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Política fiscal vai ajudar a política monetária em 2022?

A carta que o presidente do BC teve de publicar para justificar o descumprimento da meta de inflação em 2021 citou as já conhecidas causas que levaram o IPCA a 10,06% no ano passado, muito acima da meta de 3,75% e do tolerável 5,25%. A inflação importada foi o principal fator de desvio, segundo o BC. A pandemia, obviamente, foi o grande choque que produziu inflação em todo o mundo. O que se refere unicamente ao Brasil é o desafio dessa primeira diretoria do Banco Central com autonomia formal de voltar a cumprir a meta de inflação em meio a um ano com eleição. A carta reconhece que questionamentos em relação ao futuro do arcabouço fiscal resultam em aumento dos prêmios de risco e elevam o risco de desancoragem das expectativas de inflação. A pergunta que terá de ser respondida em 2022 é até que ponto a política fiscal vai ajudar a política monetária. O presidente Jair Bolsonaro teve, há poucos dias, um confronto com o presidente da Anvisa sobre a vacinação de crianças. A autonomia formal do BC enfrentará um longo teste de estresse neste ano com campanha eleitoral marcada por inflação e desemprego de dois dígitos, condições que castigam qualquer governo nas urnas. Em 2021, alguns saltos de preços foram brutais. O etanol teve aumento de 62,24%, a gasolina subiu 47,49%, o botijão de gás ficou 36,99% mais caro e a energia elétrica residencial saltou 21,21%.

Arnaldo Galvão – Direto de Brasília

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