Técnicos da equipe econômica informam que não há definições das grandes linhas do projeto da lei orçamentária do ano que vem. Ele tem de ser enviado ao Congresso até 31 de agosto e o primeiro turno da eleição será em 2 de outubro, o que significa que o PLOA trará mensagens que podem ter efeitos na escolha de quem vai votar para presidente da República. Há um longo caminho a percorrer até que deputados e senadores votem, em sessão conjunta do Congresso, o texto que vai guiar as contas públicas no ano que vem. Essa votação pode ser em dezembro ou até mesmo no início do ano e terá um contexto marcado pelos eleitos. Independentemente desse efeito político, está em estudo manter em 2023 a desoneração de tributos federais sobre combustíveis, o que reduz a arrecadação, mas, ao mesmo tempo, diminui a pressão inflacionária e facilita a missão do Banco Central. O ministro Paulo Guedes defende abertamente a redução da carga tributária como medida estruturante da sua política econômica e tem dado passos nesse sentido. O que vai definir a continuidade da desoneração dos combustíveis no ano que vem são as expectativas da arrecadação e da despesa.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília
