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Plano de Haddad depende de Congresso amigável

O ministro da Fazenda disse, na entrevista exclusiva que deu ao jornal Valor Econômico, que seu plano é aprovar o novo arcabouço fiscal e a primeira etapa da Reforma Tributária no primeiro semestre. É um projeto ambicioso que depende de uma relação predominantemente pacífica com os parlamentares. Se a ideia de Fernando Haddad é acenar com uma tributação sem aumento de carga no novo formato dos impostos sobre o consumo, terá de convencer deputados e senadores, mas principalmente líderes dos partidos e os presidentes das Casas. Se Rodrigo Pacheco (PSD-MG) perder a reeleição para Rogério Marinho (PL-RN), o Senado terá ambiente mais hostil aos planos do governo Lula. Tudo indica que Arthur Lira (PP-AL) será reeleito presidente da Câmara, mas como serão tratadas as emendas dos parlamentares no orçamento, principal meio de exercício do poder político na Casa? No ano passado, durante a campanha e a transição de governo, foi amplamente discutida uma estratégia de acabar com os contingenciamentos, motivo de permanente tensão com os parlamentares e com os ministérios.

Arnaldo Galvão – Direto de Brasília

Foto: Igo Estrela/Metrópoles

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