O Planalto comemorou, na noite de ontem, o resultado de 7 a 1 na votação no TCU autorizando a privatização da Eletrobras. Para o presidente Jair Bolsonaro e sua equipe, “agora falta pouco” para que a venda seja concretizada. Um dos interlocutores do presidente ouvidos pelo BAF ironizou dizendo que esse foi o presente de casamento do governo ao ex-presidente Lula. A ideia é concluir o processo de desestatização da Eletrobras ainda no primeiro semestre deste ano, para evitar que estas negociações sejam ainda mais contaminadas pelo calendário eleitoral. O governo acredita que a venda da empresa será um marco na gestão Bolsonaro. Ajudará ainda a reforçar o discurso reformista e liberal da administração bolsonarista, a ser destacado durante a campanha eleitoral. Será um contraponto ao programa petista que quer manter as empresas estatais sob controle da União. Já para Bolsonaro, a abertura do caminho para a privatização da Eletrobras servirá para endossar o discurso de que poderá também vender a Petrobras e assim cumprir outra promessa: de acabar com a política de preços dos combustíveis praticados pela empresa, que estão sacrificando o eleitor.
Tânia Monteiro – Direto de Brasília