A Petrobras começa a se organizar para a nova gestão de Jean Paul Prates, que deve ter como foco principal a questão da precificação dos combustíveis. A prorrogação da desoneração dos combustíveis deu tempo para que a Petrobras com o novo presidente possa reavaliar a metodologia, mas integrantes da petroleira avaliam que o tempo não será suficiente. Eles entendem que a proposta de uma nova precificação para “abrasileirar” os valores, como defendido na campanha por Lula, precisaria de pelo menos seis meses de estudo. Deverá ser o primeiro grande pepino que Jean Paul terá que descascar, ao passo que Lula já indicou que busca uma solução que não desgaste politicamente sua gestão no primeiro ano. Não será apenas da Petrobras, já que a Fazenda deve ser a principal envolvida nas discussões, mas será parte da pauta da empresa. Outros assuntos já são dados como certo, como a eventual revisão do TCC com o Cade. A ideia é pedir mais prazo ao órgão para concluir a venda das refinarias e, com isso, ter tempo para revisar a documentação. Prates tem dito a interlocutores que só vai pedir revisão dos desinvestimentos caso haja estudos que comprovem a importância econômica dos ativos para a empresa, mas não duvida que é o caso das outras refinarias que não foram vendidas. No caso da RLAM, da Bahia, a pressão política dentro do PT é para que a Petrobras retome o controle da refinaria a partir de compra das ações, decisão que dependerá ainda de conversas com a Acelen.
Equipe BAF – Direto de Brasília
Foto: Jefferson Rudy, Agência Senado