A Petrobras pediu oficialmente ao Ibama que reconsidere o pedido de licenciamento na Foz do Amazonas. A empresa se diz disposta a tomar medidas adicionais necessárias para o licenciamento da prospecção, mas defende que o plano de resposta ambiental apresentado pela petroleira já deveria ser suficiente. Nos bastidores, a Petrobras pediu a reconsideração para esperar que haja alguma mediação da Casa Civil ou do Planalto novamente sobre o caso. E tem pressa, porque já posicionou uma sonda no poço que seria perfurado e que custa diariamente à Petrobras mais de R$ 3 milhões. Segundo integrantes da empresa, a reunião da semana passada gerou informações difusas e faltou uma coordenação do governo sobre os encaminhamentos. Ao mesmo tempo que Marina Silva saiu da reunião e declarou que será exigido um novo estudo ambiental, o AAAS, Alexandre Silveira diz que não irá contratar nenhum estudo e que ele não é necessário para o caso da Foz do Amazonas. O AAAS, avaliação de área sedimentar, é iniciado pelo MME e depois avaliado conjuntamente com o MMA. Pode demorar dois anos para sair do papel. Dentro da Petrobras a expectativa é de que haja uma definição de entendimento do que será necessário para, depois, tentar novamente um diálogo com o Ibama para conseguir a licença de prospecção. A mediação deve acontecer enquanto Marina Silva segue na mira do Congresso, que aprovou uma série de medidas que desfalcam e enfraquecem o trabalho do MMA.
Equipe BAF – Direto de Brasília
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