Internamente na Petrobras já se aceita que o novo governo deve mudar o relacionamento da empresa com o Executivo. Enquanto Castello Branco fazia questão de deixar claro que a petroleira era uma empresa independente do governo, Lula se elegeu sob uma plataforma de utilizar a empresa como indutora do desenvolvimento no setor. O tamanho dessa guinada vai depender de qual nome será escolhido para o comando da Petrobras, se será alguém com interlocução maior ao mercado ou mais ligado ao núcleo duro do PT. Algumas mudanças são tidas como certa, como uma revisão no preço de referência e aumento de investimentos na empresa (o que, consequentemente, terá impacto na distribuição de dividendos aos acionistas). Por enquanto, o senador Jean Paul Prates continua sendo referência na bolsa de apostas, mas surgem nomes como o de Rui Costa e Sérgio Gabrielli, figuras fortes de dentro do partido e que podem significar uma Petrobras mais semelhante ao que já foi durante os antigos governos Lula.
Equipe BAF – Direto de Brasília
Foto: Bloomberg