A Petrobras deu hoje o pontapé de uma mudança sobre seus ativos em relação à foz do Amazonas. A empresa tirou as sondas da região em que seria feito a prospecção de exploração, que tinham um custo de R$ 3,2 milhões ao dia, e enviou ao Sudeste. Segundo fontes da companhia, é o primeiro de muitos sinais de que a Petrobras está deixando de lado a exploração da foz. Não é uma decisão irreversível, mas é o caminho que tem sido avaliado na situação atual. A exigência do AAAS para avaliar a existência de petróleo no local pode fazer com que a exploração demore muitos anos. É um estudo de responsabilidade do governo e não da empresa. Um dos processos de avaliação ambiental já chegou a durar seis anos. E a Petrobras não tem percebido intenção do Planalto em se envolver para mediar essa exigência acertada pelo MMA e pelo Ibama, o que tornam as decisões das áreas ambientais prevalecentes. É um dos fatores principais que fez com que a empresa desmobilizasse os equipamentos, por exemplo. Agora a Petrobras avalia pedir a suspensão do contrato para evitar multas com a ANP e também estuda ir para os países vizinhos explorar petróleo da margem equatorial. Isso não interfere na pressão política que Marina Silva deve continuar sofrendo de parlamentares, segundo integrantes do governo. A audiência pública prevista para hoje foi adiada, mas deve ainda contar com o questionamento de muitos senadores.
Equipe BAF – Direto de Brasília
Foto: Ricardo Moraes, Reuters