Os principais projetos que serão importantes para o governo no setor de energia estão na Câmara. Vai exigir esforço do governo uma maior articulação com os deputados e com Arthur Lira, que deve se reeleger hoje. Há pelo menos dois texto considerados essenciais para a pasta: a modernização do setor elétrico e a criação do fundo de estabilização dos preços dos combustíveis. Os dois tiveram origem no Senado e já foram aprovados pelos senadores, mas dependem de Lira para serem pautados. A modernização do setor elétrico deve ficar por conta da articulação do MME, que ainda está sem composição oficial. Com o fim da desoneração dos impostos federais sobre a gasolina a partir de março, a discussão sobre o fundo deve ganhar força e pode ser tocada pela equipe de articulação política do governo. A solução para os preços através do fundo tem o apoio de Jean Paul Prates, que relatou o texto, e também uma sinalização positiva da equipe econômica de Haddad. Há preocupação com o impacto político de aumento nos combustíveis, mas predomina a cautela para não desvalorizar a Petrobras no mercado. Por isso, segundo integrantes do PT, um lado do governo defende que a saída seja construída pelo Congresso e que a Petrobras não faça controle de preços artificiais, como aconteceu na gestão de Dilma Rousseff.
Equipe BAF – Direto de Brasília
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