O presidente do Banco Central alertou para o risco de uma ruptura desorganizada se nada for feito para equilibrar o crédito rotativo dos cartões. O pior dos cenários, na avaliação dele, é o da inadimplência acima dos 50% acabar prejudicando o consumo. Fontes que têm acesso às discussões que envolvem representantes do governo, do varejo e das instituições financeiras, confirmam que a referência mais forte é a da solução encontrada para reduzir os juros do cheque especial. Em novembro de 2019, o CMN limitou esses juros a 8% ao mês, mas, por outro lado, autorizou os bancos a cobrarem tarifas sob determinadas condições. Campos Neto comentou hoje que os altos juros no rotativo dos cartões é um tema muito polêmico e essa preocupação já havia no governo de Jair Bolsonaro. Ele ressaltou que o Brasil tem 40% do consumo ligados aos cartões e dois terços dessas vendas são chamadas erroneamente de “sem juros”.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília
Foto: Adilson Sochodolak