Durou poucas horas o alívio causado pela divulgação da ação que a AGU levou ao Supremo contra normas da lei que autorizou a privatização da Eletrobras. Em Londres, Lula disse que vai lutar contra a perda do controle da União na companhia, atitude que dá sinais sobre o que pode acontecer com o Porto de Santos. O texto enviado à imprensa no começo da noite da sexta-feira é claro quando afirma que a ação direta de inconstitucionalidade não pede a estatização da Eletrobras. Alguns economistas que têm acesso a Lula julgaram que a AGU teve bom senso ao contestar a norma que discrimina a União, apesar de ter sido mantida participação relevante no capital da empresa. Eles avaliam que é arriscada e cara, do ponto de vista político, a luta para reestatizar a Eletrobras. A judicialização desse assunto mostra que a ideia é de difícil aprovação no Congresso, afinal, os parlamentares aprovaram a venda do controle em 2021. A privatização do Porto de Santos é um tema que fica nessa sombra. O ministro Márcio França já disse que é contra a ideia, mas o governador Tarcísio de Freitas vê o plano como prioritário.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília
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