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Muitos falam, mas poucos querem ouvir

O economista Roberto de Oliveira Campos Neto, indicado pela Presidência da República para o cargo de presidente do Banco Central, durante sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

O presidente do Banco Central participa de uma audiência na CAE e terá, na quinta-feira, outro evento no Senado com a presença do ministro Fernando Haddad. A dificuldade dos parlamentares para compreender a sofisticada conjuntura técnica da política monetária é antiga, mas compreensível. O momento é o do maior teste de estresse da autonomia operacional do BC porque Roberto Campos Neto foi escolhido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, mas tem mandato até 31 de dezembro de 2024. Esse importante pedaço de poder político que ficou desvinculado da eleição está sendo confrontado por um governo ansioso para colher resultados de um melhor ambiente econômico. O presidente do BC tem dado todos os sinais de ser um dedicado defensor da autonomia operacional da instituição e, depois das críticas recorrentes de Lula e outros líderes do PT, tem procurado explicar como o Copom decide. Na audiência que está em andamento na CAE, ele ouviu a pergunta do senador Fabiano Contarato (PT-ES) sobre o preço do litro do leite. Em momento posterior, Cid Gomes (PDT-CE) disse que Campos Neto poderia “pegar o bonézinho e pedir para sair”. As manifestações políticas têm funcionado como engrenagem que reforça a necessidade de o BC ter autonomia operacional.

Arnaldo Galvão – Direto de Brasília

Foto: Marcelo Camargo, Agência Brasil

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