O presidente do Banco Central e seus diretores tiveram, semanas atrás, conhecimento das linhas gerais do novo arcabouço fiscal que será apresentado com detalhes depois da viagem do presidente Lula à China, mas as atualizações têm sido feitas por interlocutores do Ministério da Fazenda. Quando o contato não é diretamente com Fernando Haddad, entra em ação o secretário executivo Gabriel Galípolo. Na falta da minuta do projeto de lei complementar que vai substituir o teto de gastos, Haddad continua dando o recado da necessidade de o BC reduzir a Selic que, na sua avaliação, é excessivamente elevada. Em meio à ação coordenada de vários bancos centrais para aumentar a liquidez do dólar, o Copom iniciou hoje a reunião que vai definir se a taxa de 13,75% ao ano será mantida. O ministro da Fazenda disse há pouco, em evento do BNDES, que o desenho do que o governo quer para o futuro do Brasil passa pelo novo arcabouço fiscal e por medidas de estímulo aos investimentos e ao crédito. Essas propostas serão divulgadas em abril, segundo Haddad.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília
Foto: Reprodução