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Lula não vai terceirizar críticas à política monetária

A insistência do presidente Lula em criticar a Selic em 13,75% e ao afirmar que é uma vergonha a explicação do Copom mostra que, diferentemente dos seus mandatos anteriores, não vai delegar a outros integrantes do seu governo o confronto com o Banco Central. Ele disse que toda a sociedade e os empresários precisam reclamar, mas avisou que vai continuar nessa postura. Na avaliação dele, no discurso na posse de Aloizio Mercadante como presidente do BNDES, o Brasil tem cultura de juros altos que não combina com o crescimento. Ele questionou o fim da TJLP e relacionou essa decisão ao fim do financiamento de longo prazo. O BNDES, para Lula, precisa voltar a ser o indutor do crescimento e do desenvolvimento, sem medo de emprestar a Estados e municípios que podem pagar. BNDES, Banco do Brasil, Caixa, Basa e BNB foram criados, segundo o presidente, para fazer o que o setor público não quer ou não pode fazer. Os ataques de 8 de janeiro, foram, na avaliação do presidente, a revolta dos ricos que perderam as eleições, mas seu governo “não pode brincar” porque os pobres podem se cansar e fazer as coisas mudarem.

Arnaldo Galvão – Direto de Brasília

Foto: Mauro Pimentel, AFP

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