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Lula foi alertado sobre o risco Argentina

Economistas que têm acesso ao presidente Lula alertaram que o caminho seguido pela Argentina foi desastroso. Em 2010, a presidente Cristina Kirchner publicou decreto destituindo o presidente do Banco Central (BCRA) Martín Redrado. O motivo foi a recusa dele em transferir US$ 6,5 bilhões das reservas para pagamentos da dívida pública. O BCRA era autônomo. A Argentina subsidiou as contas de serviços públicos nos governos de Néstor e Cristina Kirchner, mas o presidente Maurício Macri acabou com a intervenção nos preços em 2016. O impacto nas tarifas de energia, água e transporte público foi tão forte que minou as chances de reeleição de Macri em 2019. O país vizinho teve inflação de 94,8% em 2022. A onda de críticas de Lula ao Banco Central é interpretada por experientes economistas, próximos do PT, como uma reação ao fato de que a Selic de 13,75% somente será reduzida no ano que vem. É o inconformismo com o primeiro ano do mandato perdido em termos de crescimento econômico. No Brasil, o sistema de metas de inflação tem paridade móvel entre a moeda e uma cesta de bens e serviços (IPCA). Em muitos países do mundo foi a solução que sobreviveu à paridade com o ouro ou outro preço de referência. Adaptando a frase de Winston Churchill sobre democracia, o sistema de metas é o pior sistema de controle da inflação, exceto todos os outros que fracassaram.

Arnaldo Galvão – Direto de Brasília

Foto: Juan Mabromata, AFP

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