O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, disse hoje, no lançamento da nova política industrial, que R$ 300 bilhões são o piso dos recursos envolvidos nas diversas medidas de estímulo ao desenvolvimento que terão participação da instituição, mas também contarão com Finep, Embrapii e os bancos federais BNB, Basa, Banco do Brasil e Caixa. No fim do evento, Lula disse que, se dinheiro não é problema, os ministros têm de se preparar porque serão muito cobrados até o fim do mandato em 2026. Na avaliação do presidente da República, há empresários que não acreditam no Brasil e preferem lucrar importando produtos da China. Lula disse que o Brasil tem de financiar as empresas que podem exportar produtos e serviços porque o comércio internacional é uma guerra e muita gente defende o livre mercado só para vender seus produtos. Quando compram, o protecionismo prevalece. Mercadante ressaltou que o país tem grande oportunidade com as mudanças das cadeias produtivas globais e criticou os defensores do Estado mínimo e do Consenso de Washington que não resolveram os problemas dos países emergentes. Para o presidente do BNDES, o governo Lula ousa, mas, na verdade, apenas faz o que China, EUA e União Europeia fazem há décadas, subsidiando a economia local com recursos públicos para o desenvolvimento. Ele admitiu que dois projetos são de extrema importância e dependem de aprovação no Congresso: são os que criam o BNDES Exim (PL 5719/2023) e a Letra de Crédito de Desenvolvimento (LCD) no PL 6235/2023.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília
Foto: André Coelho/EFE