O projeto de mercado de carbono que o governo pretende enviar em agosto para o Congresso deve ser um modelo semelhante ao adotado pelas economias europeias. Nele há limites de emissão por setores, que devem ser obrigados a compensar suas emissões, caso ultrapassem o teto. O texto deve manter de fora dos setores regulados o agro, que permanece no voluntário. É uma forma de evitar maiores conflitos e facilitar aprovação da matéria. Também deve deixar em separado o Renovabio, mercado de crédito de carbono já existente no setor de combustíveis. A ideia é que a regulamentação do mercado de carbono se dê nas refinarias, o que não entraria em conflito com o mercado de CBIOs, que atualmente é feito pelas distribuidoras. O texto está sendo tocado pela Fazenda, MDIC e MMA, mas a pasta de Alckmin quer ter maior poder de coordenação na implementação do mercado de crédito de carbono. Isso porque a indústria deve ser um dos principais setores “atingidos” pelas novas regras.
Larissa Fafá – Direto de Brasília
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