Em sua primeira coletiva como presidente da Petrobras para comentar o resultado do último ano, o novo presidente da estatal quis consolidar a imagem de que irá adotar um petismo mais brando no comando da petroleira. Vem sendo visto por interlocutores do partido como “um petista quase tucano”, com foco em acalmar o mercado financeiro de experiências passadas com a estatal. Fez questão de dizer que não há intervencionismo na empresa, que a mudança na precificação dos combustíveis está longe do tabelamento de preços e que uma mudança maior na composição dos preços deve ser feito pelo governo e não apenas pela Petrobras, mas para todo o setor. É semelhante a defesa que o político fazia enquanto senador, quando relatou o projeto de lei que cria um fundo estabilizador de preços. Voltou a sinalizar que a nova gestão pretende diminuir os valores de distribuição de dividendos a partir de investimentos adicionais e pontuou que medidas de conteúdo local e desenvolvimento naval devem ser endereçados pelo governo, mesmo que a Petrobras “participe ativamente da discussão. Jean Paul evitou responder sobre o imposto de exportação recentemente criado pela nova MP e que, na prática, afeta diretamente as exportações da empresa. Apenas apontou, com razão, que se trata de um trecho que dificultará a vida do governo na aprovação da matéria no Congresso.
Equipe BAF – Direto de Brasília
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