Com a equipe econômica envolta nas discussões sobre o pacote de corte de gastos, ficou em segundo plano a definição sobre os nomes que serão indicados para as diretorias do Banco Central nas áreas de Política Monetária, Regulação, e de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta, cujos atuais titulares terminam o mandato no fim do próximo mês.
No dia seguinte a confirmação de Gabriel Galípolo – atual diretor de Política Monetária – como novo presidente do BC, o ministro Fernando Haddad previu que em novembro as demais indicações seriam encaminhadas ao Senado. Novembro está acabando e as três semanas de trabalhos legislativos em dezembro podem não ser suficientes para que a Comissão de Assuntos Econômicos sabatine os indicados. O presidente da CAE, Vanderlan Cardoso (PSD/GO), ainda não recebeu nenhum indicativo do governo sobre o assunto.
A regra permite que os atuais diretores permaneçam nos cargos até que os substitutos assumam, desde que queiram. Numa eventual vacância dos três diretores na primeira reunião do Copom de 2025, em 30 e 31 de janeiro, não haveria prejuízo porque o quórum mínimo é de quatro diretores mais o presidente do BC que, no caso, vai estrear na função.
Caso o governo não encaminhe os nomes a tempo de aprovar neste ano, terá de esperar a nova composição da CAE no ano que vem, troca que costuma acontecer entre fevereiro e março, a cada dois anos.
Equipe BAF – Direto de Brasília
Foto: Marcello Casal Jr., Agência Brasil