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Haddad questiona viés de Campos Neto

O ministro da Fazenda afirmou, em entrevista à Folha de S.Paulo, que há uma inquietação sobre um suposto viés do presidente do Banco Central. Disse que boa parte da classe política pergunta se o Copom manteria a Selic em 13,75%, nas atuais condições econômicas, se Jair Bolsonaro tivesse sido reeleito. Na mesma entrevista, Fernando Haddad admite que esse tipo de especulação subjetiva não o ajuda porque tem de tratar com Roberto Campos Neto, com os diretores e com o corpo técnico do BC. O ministro ressaltou ajuda falar que a taxa de juro real está em 10% e não há economia que resista a uma inflação de 3% ou 4% com essa taxa real de juro, o que pode comprometer o ajuste fiscal. Citar a dúvida sobre o viés de Campos Neto e, ao mesmo tempo, dizer que essa especulação não ajuda, é uma postura que mantém a pressão política sobre o Copom, embora em termos mais brandos que os usados por Lula e pela presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann. Campos Neto já se defendeu, em outras oportunidades, sobre essa acusação. Disse que elevou os juros em pleno ano eleitoral, o que teve impacto negativo nos planos de reeleição de Bolsonaro. No ambiente da autonomia operacional do BC, a pressão política apenas reforça que o Congresso acertou ao aprovar a Lei Complementar 179/2021.

Arnaldo Galvão – Direto de Brasília

Foto: Marcelo Camargo, Agência Brasil

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