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Haddad procurou reduzir ruído da sua entrevista

Míriam Leitão entrevista o ministro Fernando Haddad

O ministro da Fazenda procurou esclarecer as dúvidas provocadas pela longa entrevista dada ontem à jornalista Miriam Leitão. Disse que não antecipou seu voto na reunião ordinária do CMN marcada para hoje, mas apenas reiterou a defesa pública da meta contínua de inflação sem a rigidez do ano-calendário. Na avaliação de Fernando Haddad, essa atualização não terá impacto no curto prazo e o tema foi longamente discutido com o FMI. Para ele, a trajetória da política monetária é mais importante que discutir a taxa básica de juros, afinal, há argumentos técnicos, não ideológicos, contra e a favor do Banco Central, quando a Selic desceu a 2% e quando subiu a 13,75%. Nesse esclarecimento dado no Ministério da Fazenda, Haddad confirmou que os integrantes do CMN vão discutir a meta contínua hoje. No aspecto mais amplo da política econômica, o ministro disse que uma crise está contratada se as políticas fiscal e monetária se distanciam. Na interpretação dele, o ano-calendário causa apreensão desnecessária e, portanto, estender o horizonte relevante é adequado porque há choques. Na agenda de Haddad há muitas atualizações necessárias para o Brasil, mas o cenário está evoluindo com a possibilidade iminente de adotar o IVA na Reforma Tributária e com o novo marco fiscal, por exemplo. Essas mudanças são importantes, nas palavras dele, porque o país tem grande potencial de crescimento, da geopolítica à transição ecológica.

Arnaldo Galvão – Direto de Brasília

Foto: Divulgação Globo

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