in , , , , , , ,

Haddad dobra aposta para aumentar arrecadação

O ministro da Fazenda está seguindo seu plano de garantir arrecadação suficiente para a agenda social de Lula. Fernando Haddad acaba de fazer um pronunciamento, em São Paulo, a pedido do presidente, para explicar os motivos do veto à prorrogação da desoneração da folha de pagamento que tira R$ 25 bilhões dos cofres federais. A equação do sucesso, nos planos de Haddad, é formada pela contenção do gasto primário, pela derrubada do gasto tributário e pela redução da Selic, para que o Brasil cresça sem inflação. O risco político, evidente, é o da derrubada do veto, já que o governo não tem apoio parlamentar suficiente para todas as suas propostas. A promessa de hoje é apresentar soluções aos líderes no Congresso no começo de dezembro, depois da viagem que Lula fará para participar da COP 28. Haddad revelou que o governo está disposto a ceder para aprovar a MP 1185 ao regularizar o fluxo e dar solução para o estoque para não prejudicar as empresas. Resta saber se esse aceno é suficiente. No âmbito fiscal, o ministro da Fazenda repetiu o compromisso de perseguir a meta de equilíbrio entre receitas e despesas. O combate ao populismo fiscal representado pela redução do ICMS sobre combustíveis – segundo Haddad, para reeleger Jair Bolsonaro – está nas razões do veto à desoneração da folha. Essa experiência fracassou no governo de Dilma Rousseff e empregos não foram criados, apesar das promessas. No pronunciamento de hoje, o ministro disse que até aqui teve sucesso, mas repetiu a expressão “até aqui”. Haddad espera que Congresso ouça o governo antes de derrubar o veto.


Arnaldo Galvão – Direto de Brasília

Foto: Kelly Fersan

ONS: reservatórios do SIN devem encerrar 2023 com níveis superiores a 50%  

Veto a desoneração coloca mais lenha na fogueira