O debate sobre a meta de inflação está em andamento, mas uma decisão do CMN deve acontecer em junho. Neste momento, é visível a avaliação do ministro da Fazenda sobre esse tema sensível em um novo ambiente que tem o governo eleito lidando com uma diretoria do Banco Central que não foi escolhida pelo presidente da República. Em Buenos Aires, Fernando Haddad aproveitou uma entrevista coletiva para falar bastante sobre o assunto. Deu sinais em direções opostas ao afirmar que a meta é “apertada”, mas o mercado vê a convergência em 2024. Reiterou que todos querem inflação mais baixa. Hoje, o jornal Valor Econômico publicou entrevista exclusiva com o ministro e surgiram novos sinais. Haddad repetiu que a meta deve ser “demandante e exigente” para ter sentido. Ressaltou que uma meta muito exigente e não alcançável não é boa. Ao responder à pergunta se a meta de 3% é muito exigente, Haddad disse que o Brasil teve dois anos seguidos de descumprimento da meta de inflação e o cenário deve se repetir neste ano. Depois, ponderou que é preciso verificar como os agentes econômicos estão percebendo a convergência esperada para 2024.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília
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