A proposta que o governo está preparando para reduzir os juros no crédito rotativo dos cartões enfrenta o mesmo desafio da crise que se arrasta na tributação das compras internacionais realizadas por pessoas físicas. O governo não vai conseguir agradar a todos os interessados na eliminação da distorção, mas teme uma onda de reclamações dos consumidores nas redes sociais. No caso do rotativo, o ponto de equilíbrio será reduzir os juros cobrados e, ao mesmo tempo, dar transparência ao que se chama equivocadamente de parcelamento sem juros. O que aconteceu na crise dos sites internacionais mostrou a dificuldade de o governo encaminhar uma decisão sustentável. No início, integrantes do governo falaram que a tributação federal seria retomada para combater as fraudes e preservar a concorrência justa entre empresas brasileiras e estrangeiras. O desfecho não foi esse, mas a novela ainda não terminou. No rotativo, há um projeto de lei do líder do União, deputado Elmar Nascimento, que vai incluir as normas do programa Desenrola previstas na MP 1176.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília
Foto: Marcello Casal Jr., Agência Brasil