A equipe econômica trabalha para evitar que as novas concessões de rodovias sejam inviabilizadas pelo risco de demanda. A ideia é compartilhar esse risco, sem ônus para o Tesouro, nas situações de redução do tráfego que podem deprimir a receita da operadora. Em determinadas condições, obras poderiam ser adiadas e o prazo da concessão poderia ser alongado. Em último caso, haveria o aumento da tarifa. Projetos com menor risco poderão ter redução de 8% a 22% nas tarifas. O objetivo das equipes que trabalham com essa missão é oferecer um modelo de contrato aperfeiçoado, sem necessidade de aprovar no Congresso mudança legislativa. O governo tem registrados R$ 925 bilhões em investimentos contratados para os próximos dez anos. Essa carteira demanda alguma ação do governo federal por meio do PPI, do BNDES, da EPL e do Ministério da Infraestrutura. O setor de óleo e gás está em primeiro lugar com R$ 487 bilhões. Em seguida, vêm ferrovias (R$ 159 bilhões), energia elétrica (R$ 98 bilhões), rodovias (R$ 52 bilhões), água e saneamento (R$ 43 bilhões) e telecomunicações (R$ 42 bilhões). A expectativa com a receita de outorgas é de R$ 177 bilhões.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília