Os integrantes do Comitê Executivo de Gestão (Gecex) estão reunidos hoje e podem decidir sobre pedidos de proteção tarifária contra importações que vêm impactando a indústria nacional dos setores siderúrgico e químico. Nos bastidores do governo, fontes admitem que há chance de atender parte dos pedidos, mas a aposta é a de que dificilmente a alíquota chegará aos 25%. Se houver divergência no Gecex, a decisão será remetida aos ministros de Estado que integram a Câmara de Comércio Exterior (Camex). As associações que representam as siderúrgicas pressionam o governo e contam com o apoio da indústria química nacional. Os fabricantes de veículos, bens de capital e itens da linha branca querem manter o acesso a importações mais baratas. Na equipe econômica, a preocupação é com o impacto inflacionário da proteção tarifária. No caso do aço, o mercado global se desorganizou depois que os Estados Unidos endureceram o comércio contra importações, principalmente da China. A União Europeia seguiu esse movimento. As siderúrgicas chinesas e indianas mantiveram sua produção em alta, o que provocou forte concorrência para as empresas brasileiras.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília
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