Neste momento, segundo interlocutores privilegiados do Planalto, não há nenhuma medida nova para ser tirada do bolso ou da cartola para ser oferecida à população caso o pacote de bondades aprovado pelo Congresso não surta o efeito esperado nas pesquisas. Tudo que podia ser feito foi entregue, disse uma fonte ao BAF. De acordo com essa fonte, que transita também no Ministério da Economia, o que o governo federal fez foi dar respostas emergenciais a um momento especial, onde as pessoas estão enfrentando dificuldades. Ele disse ainda que foram adotadas medidas fortes e suficientes para enfrentar esta circunstância sem estourar o teto de gastos graças a não concessão de aumento aos servidores públicos, que têm estabilidade e tiveram seus empregos e salários preservados durante a pandemia. A tese no governo é de que as medidas têm um tempo determinado para vigorar e não devem ser estendidas porque se trata de uma “muleta” para enfrentar este momento e não se pode transformar em permanente uma despesa que é emergencial. A equipe de campanha sabe que esse é um questionamento que pode surgir e se transformar em disputa eleitoral mais à frente, principalmente quando o orçamento de 2023 for encaminhado ao Congresso, no final de agosto. Mas entendem que, no momento, não há como estender isso e que, se o presidente ganhar as eleições e houver uma decisão política de estender os R$ 200 a mais do benefício, que o assunto volte a ser discutido no Congresso.
Tânia Monteiro – Direto de Brasília