Dirigentes de entidades que representam funcionários públicos reagiram mal à notícia de reajuste geral de 5% nos salários a partir de julho. Fábio Faiad, presidente do Sinal, disse que é “insuficiente” e os funcionários do Banco Central vão manter a greve iniciada em 1º de abril. Isac Falcão, presidente do Sindifisco Nacional, usou a mesma palavra “insuficiente” para comentar a decisão do presidente Jair Bolsonaro e informou que a mobilização dos auditores da Receita Federal será mantida pela regulamentação do bônus de desempenho. As perdas salariais provocadas pela inflação passam de 20%, segundo eles. Dirigentes das entidades sindicais dos policiais federais estão irritados porque os 5% estão longe da promessa de reestruturação das carreiras. Independentemente de declarações dos sindicalistas, o governo conta com o sentimento de compreensão dos funcionários públicos que apoiaram Bolsonaro majoritariamente em 2018. No governo, a aposta é a de que o reajuste de 5% para todos, inclusive militares, será reconhecido como “esforço possível no contexto das restrições orçamentárias”.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília