O Banco Central informou ao BAF que o programa de gerenciamento externo das reservas internacionais teve seu início no começo dos anos 2000 e seu último ciclo foi de 2012 a 2017. O primeiro período, entre 2000 e 2010, teve seis gerentes e mandatos de US$ 200 milhões cada. O segundo ciclo foi entre 2012 e 2017, com cinco gerentes e mandatos de US$ 1,2 bilhão cada. Os dados do BC mostram que, em termos percentuais, a maior participação da gestão externa das reservas foi em 2000, com 3,5%. No período 2012-2017, com volume muito maior das reservas, a maior participação da administração terceirizada foi em 2016, com 1,7%. O presidente Roberto Campos Neto foi criticado pela presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann, por ter defendido recentemente que novos ativos financeiros poderiam voltar a ter gestão externa como meio de aprendizado das equipes técnicas do BC. O subprocurador-geral do MP junto ao TCU, Lucas Furtado, pediu cautelar para impedir a terceirização da administração das reservas internacionais. Não há decisão do TCU até o momento.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília
Foto: José Luis Gonzales, Reuters