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Gastos estão no centro da desancoragem

Em pleno ciclo de redução da Selic, iniciado no começo deste mês, o presidente do Banco Central alertou para a necessidade de redução dos gastos públicos. Roberto Campos Neto disse que vários países fracassaram ao tentar reduzir a inflação sem controlar o fiscal. Ele ressaltou que o Brasil vive uma desancoragem gêmea, o que envolve as expectativas com resultados fiscais e monetários. Há uma divergência entre o que pensam Campos Neto e Fernando Haddad. O ministro da Fazenda defendeu um corte na Selic desde o início do ano, mas, ao mesmo tempo, prometeu resultados primários ambiciosos ao propor o novo marco fiscal que ainda não foi aprovado na Câmara. Haddad defende um debate maior sobre política econômica, o que significa questionar consensos do mercado financeiro sobre as políticas fiscal e monetária. Cortar gastos, na política do governo Lula, é uma expressão que sempre prejudicou os mais pobres.

Arnaldo Galvão – Direto de Brasília

Foto: Leonardo Sá, Agência Senado

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