Ao se reunir no início do ano com Marina Silva e Jean Paul Prates para discutir a questão da Foz do Amazonas, o governo não quis se envolver com a polêmica por avaliar que já existiam outros assuntos mais urgentes para se tratar, como o arcabouço fiscal e a consolidação da base no Congresso. Ficou a cargo dos próprios envolvidos uma solução para o impasse. Agora, após a negativa do Ibama se transformar em pressão de lideranças políticas sobre o Planalto, Lula foi dragado ao debate e deve ser levado para mediação do assunto assim que voltar de viagem. Os problemas de meses atrás continuam sem solução e a exploração da Foz do Amazonas se tornou mais um. Embora não possa interferir diretamente na decisão do Ibama, a influência da presidência da República pode afetar o pedido de reconsideração da Petrobras ao órgão. Por enquanto, a sinalização de Lula é favorável à exploração. O discurso feito pelo presidente no Japão é alinhado com o que Jean Paul Prates e Alexandre Silveira têm apontado como problema na negativa do Ibama.
Equipe BAF – Direto de Brasília
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