O primeiro ano do governo Lula deve ter um cenário de repetição da tensão com os parlamentares por causa da execução do orçamento e, especialmente, da liberação das emendas individuais. As medidas de ajuste fiscal anunciadas hoje estimam que as despesas podem ser cortadas em R$ 50 bilhões neste ano. Metade desse montante virá de revisão de contratos e seus pagamentos. Outra metade é a velha torneira fechada na administração das previsões da LOA. O secretário do Tesouro, Rogério Ceron, informou que atos serão publicados com a previsão do corte de despesas. Ele citou uma portaria interministerial que vai procurar execução orçamentária inferior à prevista na lei aprovada pelo Congresso, mas o ministro Fernando Haddad também ordenou revisão de contratos, o que deu, segundo Ceron, bons resultados na Prefeitura de São Paulo. Haverá revisão de políticas para combater fraudes em benefícios. O Auxílio Brasil vai sofrer uma varredura para investigar por que houve salto de 172% no grupo de beneficiários sem dependentes. Ceron ainda citou que a ministra do Planejamento, Simone Tebet, terá uma secretaria de avaliação de políticas públicas para melhorar a qualidade do gasto, o que dará resultados permanentes.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília
Foto: EBC