As especulações sobre qual rumo a Petrobras vai tomar com seus novos presidentes da empresa e do Conselho de Administração consideram que Adriano Pires defende, ao mesmo tempo, interesses dos consumidores e dos investidores da estatal. O ponto de equilíbrio seria um mecanismo de estabilização de preços que repasse custos ao Tesouro. A ideia é combatida há bastante tempo por Paulo Guedes e sua equipe de técnicos vigilantes com a disciplina fiscal. Se a chegada de Rodolfo Landim como chairman e Pires como CEO significa que Bolsonaro optou pela estabilização de preços dos combustíveis em plena campanha pela reeleição, essa escolha isola Guedes nesse tema dentro do governo. No Ministério da Economia, a missão é defender o equilíbrio fiscal ao mesmo tempo em que Guedes insiste em reduzir o tamanho do Estado e privatizar o máximo de estatais.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília