A dificuldade em encontrar uma fonte de receita que viabilize programas sociais permanentes, como o Auxílio Brasil, tem relação direta com as renúncias fiscais e os lobbies que impedem mudanças no Congresso. Além disso, há a rigidez do orçamento e das despesas obrigatórias. A equipe econômica vem perdendo essa briga e o mais recente episódio foi a Câmara estender a desoneração da folha para 17 setores por dois anos, o que deve reduzir a arrecadação federal em aproximadamente R$ 16 bilhões. Projeções incluídas no projeto de lei orçamentária de 2022 mostram que a maior renúncia fiscal é a do regime do Simples com R$ 81,8 bilhões. Em seguida vem o agronegócio com R$ 47,5 bilhões. A Zona Franca de Manaus e as áreas de livre comércio aparecem em terceiro lugar com R$ 45,6 bilhões. Em quarto lugar estão isenções para pessoas físicas no imposto de renda, com R$ 36,6 bilhões. Em quinto lugar aparecem os benefícios para entidades sem fins lucrativos, imunes ou isentas, com R$ 27,4 bilhões.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília