Técnicos da equipe econômica trabalham para que Fernando Haddad possa divulgar uma das medidas consideradas prioritárias para este ano, a proteção contra o risco cambial que pode viabilizar investimentos de médio e longo prazos. O ministro da Fazenda disse em evento realizado na COP, em dezembro, que o Brasil, na presidência do G20, quer fazer essa discussão ampla das soluções financeiras inovadoras para reduzir o risco cambial dos investimentos ligados à transição ecológica. Hidrogênio, energias eólica e solar, biocombustíveis e reindustrialização verde são os segmentos mais citados como beneficiários dessa proteção ao investimento. Uma das possibilidades mencionadas pelo ministro é a de uma resseguradora global patrocinada por organizações multilaterais. No evento da COP, o presidente do BID, Ilan Goldfajn. afirmou que fundos de pensão e seguradoras têm recursos, mas é preciso viabilizá-los com a redução do risco cambial. Segundo o Ministério da Fazenda, é de US$ 3,4 bilhões o alcance inicial dessa plataforma de soluções financeiras que está sendo desenvolvida com o BID. Serão três dimensões: swaps totais, linhas de créditos para liquidez de investimentos em moeda estrangeira em caso de eventos de desvalorização cambial e mecanismos de cobertura de “riscos de cauda” para desvalorizações extremas.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília
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