Apesar do relatório de avaliação de receitas e despesas, referente ao terceiro bimestre, divulgado na semana passada, o Tesouro mantém a promessa de cumprir déficit primário equivalente a 1% do PIB neste ano. O secretário Rogério Ceron disse hoje, na entrevista coletiva do resultado de junho, que o relatório bimestral não considera o empoçamento. É um jargão que significa previsões de despesas autorizadas pela LOA, mas não realizadas por diferentes motivos. O fenômeno acontece todos os fins de ano devido, principalmente, aos contingenciamentos. Quando a despesa é autorizada, não há mais tempo de ser feita. O secretário de Orçamento Federal, Paulo Bijos, tinha dito na semana passada que o relatório do terceiro bimestre mostrou um quadro desafiador, mas crível para alcançar déficit de R$ 100 bilhões em 2023. A projeção da SOF, neste momento, é de R$ 145,4 bilhões. Hoje, Ceron disse que a promessa continua viável.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília
Foto: Joedson Alves, Agência Brasil, CP