O Cade adiou mais uma vez o julgamento que investiga uma possível infração concorrencial da concessionária de Guarulhos e um pool de distribuidoras (Vibra, BP Air e Raízen) por barrarem a entrada de outras empresas do setor de combustível. O adiamento, com o pedido de vistas da conselheira Lenisa Padro, é de fato um indicativo de que não se sabe para onde irá o processo. Até então, o julgamento está com um voto pela condenação das empresas com multas milionárias, e outro pelo arquivamento do processo. Agentes envolvidos do setor avaliam que a situação está dividida no conselho, mas alguns apontam uma leve vantagem pela condenação das empresas. A virada pode ocorrer especialmente após novas recomendações da OCDE para o Brasil que envolvem diretamente o setor de combustível de aviação. O atual presidente do Cade, Alexandre Cordeiro, já tinha recomendado a condenação das empresas enquanto ocupava o posto de superintendente do conselho. Agentes do setor apostam que isso pode contribuir para o clima pela aplicação das multas. A retomada do julgamento – que se estende desde 2014 – deve acontecer no próximo mês.
Equipe BAF – Direto de Brasília
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