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Diante de Campos Neto, setor produtivo critica juros altos

Brasília (DF) 27/04/2023 Ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet; e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, durante sessão de debates temáticos para discutir juros, inflação e crescimento. Foto Lula Marques/ Agência Brasil.

Representantes do governo e do setor produtivo não-financeiro repetiram suas preocupações com os impactos negativos da Selic em 13,75% no crescimento da economia e no crédito, durante sessão pública no plenário do Senado da qual estavam presentes o ministro Fernando Haddad e o presidente do BC, Roberto Campos Neto. Na maioria dos comentários dos participantes do debate temático, prevaleceu a reclamação contra os juros altos, mas pouco se falou sobre as causas da inflação e sobre quais mecanismos são eficientes para combatê-la. Ficou claro o alinhamento desses setores com o discurso do presidente Lula, deixando o Banco Central ainda mais na defensiva. Roberto Campos Neto alertou que trocar inflação por crescimento significa mais inflação e menos crescimento. Como há uma onda de reclamações contra a condução da política monetária, além das repetidas por Lula, o presidente do BC ressaltou que os juros de curto prazo estão altos porque a recuperação de crédito é baixa, há pouca poupança, o risco é alto e o volume de crédito direcionado (42%) é excessivo – explicação semelhante ele já havia dado em audiência na CAE, na terça-feira. Ele disse que reduzir a Selic não significa que essa medida vai aumentar o crédito. Foi o que aconteceu em 2011 e fracassou.

Arnaldo Galvão – Direto de Brasília

Foto: Lula Marques/Agência Brasil

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