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Desaceleração do crescimento vai provocar maior tensão

O governo Lula comemora o maior crescimento da atividade econômica em 2023 e o Copom já reduziu a Selic em duas reuniões seguidas, mas analistas e agentes já olham para 2024. Consequência esperada da defasagem do ciclo de aperto monetário, entre outras razões, o aumento do PIB no ano que vem deve ficar na metade do ritmo verificado neste ano. Essa desaceleração econômica vai provocar maior tensão política em ano de eleições municipais. Ontem, Lula recebeu pela segunda vez, desde o fim de dezembro, o presidente do Banco Central. É um sinal de evolução nessa tensa relação institucional. O relatório trimestral de inflação divulgado hoje pelo Banco Central prevê crescimento do PIB de 2,9% neste ano e 1,8% em 2024. A mais recente pesquisa semanal Focus trouxe 2,92% e 1,5% respectivamente para essas variações. Nas projeções de inflação, o relatório informa que o IPCA (variação acumulada em quatro trimestres) deste ano deve ficar em 5,3%. Para 2024, o BC projeta 3,5%. São ligeiras mudanças de 0,1 ponto percentual em relação ao relatório anterior.

Arnaldo Galvão – Direto de Brasília

Foto: Adriano Machado, Reuters / Marcos Oliveira, Agência Senado

Preocupação com o aumento de gasto

Galípolo deixa mais clara preocupação com cenário externo