A possibilidade de judicialização contra a prorrogação da desoneração da folha de pagamento prevalece neste momento no governo, mas isso não impede que outra solução política seja encaminhada ao Congresso para reduzir os danos de uma perda de aproximadamente R$ 20 bilhões por ano na arrecadação federal. Ontem, Fernando Haddad repetiu que a AGU tem parecer pela inconstitucionalidade da decisão dos parlamentares, mas a reoneração gradual é uma possibilidade discutida. Com a derrubada do veto presidencial nesta matéria, qualquer proposta levada ao Congresso será debatida a partir de fevereiro. O ministro da Fazenda ressaltou que vai insistir na manutenção de um orçamento equilibrado e novas medidas podem ser tomadas no ano que vem. O relatório da MP 1185 foi aprovado na comissão mista e há sinais de que passará nos plenários da Câmara e do Senado, mas outra derrota do Executivo vai precipitar a apresentação de novas medidas arrecadatórias.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília
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