Especialistas em contas públicas calculam que, para evitar um forte contingenciamento das previsões de despesas no orçamento de 2024, a meta de resultado primário teria de ser de um déficit de 1,5 % do PIB. Com a observação das normas do novo marco fiscal, poderia alcançar 1,75% com a banda. Nesse cenário hipotético, o governo poderia perseguir um déficit de 1% do PIB sem maiores pressões políticas. O relator da LDO, deputado Danilo Forte (União-CE), disse que uma emenda poderia ser apresentada até 16 de novembro para mudar a meta fiscal que prevê equilíbrio entre receitas e despesas em 2024. Se essa meta defendida pelo ministro da Fazenda prevalecer, um contingenciamento acima de R$ 50 bilhões teria de ser realizado no começo do ano que vem. Esse freio nas despesas em pleno ano de eleições municipais é rejeitado pelo presidente Lula. Ele já deixou claro, em mais de uma ocasião, que não quer sacrificar investimentos e programas do seu governo.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília
Foto: Reprodução