O Ministério da Economia negou, mas o jornal O Estado de S.Paulo tem fontes que confirmam a ideia de acabar com as deduções dos gastos com saúde e educação nas declarações de ajuste do Imposto de Renda das pessoas físicas. A medida significa ganho de aproximadamente R$ 30 bilhões de arrecadação em contexto no qual o presidente Jair Bolsonaro é cobrado por não ter cumprido as promessas de reajuste da tabela do IR, o que beneficia assalariados de menor renda, e Auxílio Brasil de R$ 600, o que é destinado aos mais pobres. O fim da dedução prejudica a classe média, principalmente os extratos da população que mais gastam com saúde e educação, mas, ao mesmo tempo, é medida considerada justa do ponto de vista mais amplo da sociedade. O fim desse privilégio poderia, teoricamente, redistribuir recursos públicos para políticas mais voltadas aos que mais dependem da ajuda do governo. Nesta semana, a ideia caiu como uma bomba na campanha eleitoral porque afasta de Bolsonaro a intenção de voto dos indecisos que desfrutam dessa dedução. Faltam cinco dias para o segundo turno e tudo indica que o próximo presidente terá vantagem mínima na votação de 30 de outubro.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília
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