Técnicos da equipe econômica avaliam que a crise dos bancos americanos e europeus provoca impactos imediatos nessas regiões, mas o Brasil pode ser afetado pelas consequências das restrições no crédito na atividade econômica dos Estados Unidos e da Europa. A parcela pós fixada da dívida mobiliária no Brasil é relevante e, portanto, mais flexível aos choques. Neste momento, o governo brasileiro acompanha atentamente os desdobramentos dos problemas ocorridos com Silicon Valley Bank, Credit Suisse e First Republic Bank, mas há outras instituições estrangeiras no radar, algumas de grande porte. Os técnicos afirmam que será preciso medir o que vai acontecer com a atividade econômica nos Estados Unidos em decorrência do aperto no crédito que é relevante em bancos pequenos e médios. O Fed pode reduzir juros mais cedo do que o esperado, o que já está sendo precificado pelo mercado. Essa decisão da autoridade monetária americana certamente será acompanhada pelo Copom.
Ricardo Galhardo e Arnaldo Galvão – Direto de Brasília
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