Os integrantes do Copom vão anunciar na quarta-feira a decisão sobre a Selic, mas ouviram hoje que o presidente Lula praticamente descartou a meta fiscal do ano que vem. O equilíbrio entre receitas e despesas em 2024 impõe ao governo uma necessidade de contingenciamento acima de R$ 50 bilhões no primeiro decreto de execução orçamentária. Um freio dessa magnitude contra despesas vai colocar o Executivo contra os parlamentares que, em pleno ano de eleições municipais, darão ainda mais importância às suas emendas. O relator da LDO, deputado Danilo Forte (União-CE), criticou a mensagem de Lula ao ressaltar que o ministro da Fazenda, defensor da meta ousada de resultados primários, foi constrangido. A expectativa, depois do comentário do presidente, é sobre a reação de Fernando Haddad antes que o Copom se reúna.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília
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