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Consultores citam pontos críticos no marco fiscal

Consultores do Congresso especialistas em orçamento identificaram quatro pontos críticos na proposta de marco fiscal. Esses argumentos serão usados pelos parlamentares nas negociações para a votação do projeto de lei complementar. O primeiro é o da lista de exceções ao controle de despesas. Técnicos da equipe econômica explicam que o teto já admitia exceções e foi apresentada uma vedação às estatais financeiras para acabar com as especulações de um suposto plano de dar força exagerada ao BNDES. A segunda crítica é sobre a escolha de considerar a inflação estimada, o que pode gerar superestimativas de despesas de forma recorrente. O terceiro ponto crítico é o da falta de sincronia. Há uma meta com centro e limites inferior e superior. O excedente apurado gera crédito para investimentos, limitado a R$ 25 bilhões. Na situação oposta, com o descumprimento da meta, o orçamento já está feito com estimativa de despesas. Pela norma do marco, não há disciplina de cancelamento de gastos. A quarta crítica é sobre excluir o descumprimento da meta de resultado primário como infração administrativa. O projeto prevê apresentação de justificativa do Presidente ao Congresso se não foi alcançado o objetivo, o que repete o modelo do sistema de metas de inflação. Na avaliação dos consultores, o intervalo de tolerância para cumprimento da meta já é suficientemente flexível.

Arnaldo Galvão – Direto de Brasília

Foto: Reprodução

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