Fernando Haddad disse que o Ministério da Fazenda monitora diariamente os preços do petróleo e dos combustíveis por causa do impacto na política econômica, mas não interfere na política de preços da Petrobras. Ao comentar o tema, o ministro defendeu o que a companhia vem fazendo ao evitar adicionar volatilidade ao mercado. Haddad fez um apelo para que nas análises da formação dos preços, sejam separados os movimentos reais ou estruturais do que é meramente especulativo ou passageiro. Ele citou o exemplo da Arábia Saudita quando anuncia corte na produção. Disse que a decisão provoca volatilidade e aumento dos preços do petróleo, mas ponderou que o mercado volta a se acomodar. O Copom divulgará amanhã sua ata da reunião que reduziu a Selic em 0,5 ponto percentual, ocasião em que serão publicados maiores detalhes desse primeiro corte da taxa básica de juros desde 2020. No comunicado da quarta-feira passada, a palavra combustíveis não foi citada. Entre os riscos de alta, O Copom citou maior persistência das pressões inflacionárias globais e maior resiliência na inflação de serviços.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília
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