Apesar de Jair Bolsonaro ter se esforçado para reduzir o preço final dos combustíveis aos consumidores, o cenário internacional não tem dado sua contribuição. Pelo menos nos próximos dias de segundo turno, o presidente não deverá contar com novos cortes na gasolina e diesel para ajudar sua imagem. As reduções no preço nos combustíveis em setembro foram embalados por queda na cotação do barril de petróleo e câmbio estável. Mas os últimos cinco dias voltaram a registrar defasagens, ainda que baixas, no preço da gasolina e do diesel interno em comparação ao preço praticado internacionalmente. O principal fator é a cotação dos combustíveis no mercado internacional, que pressionam os preços domésticos. A importação de diesel russo, anunciada por Bolsonaro como contribuição para baixar os preços, deve ter pouco ou nenhum impacto no mercado brasileiro. Os 35 milhões de litros vindos do exterior não chegam perto do consumo médio de cerca de 11 bilhões mensais do combustível no Brasil. Apesar de chegar a ter defasagem máxima de até R$ 0,24 no caso da gasolina, a depender do porto de importação, a Abicom calcula uma diferença de apenas 2% entre as duas referências de preços. Para integrantes da Petrobras, os números ainda não demonstram alerta para novos aumentos, mas distanciam a possibilidade de novas reduções nos preços.
Equipe BAF – Direto de Brasília