A situação fiscal tende a se complicar a partir de 2024 se os otimistas parâmetros macroeconômicos considerados pela equipe econômica não se confirmarem. O cenário a partir de 2024 é desafiador, o que aumenta a importância do novo marco fiscal para a convergência e posterior estabilidade da dívida em torno de 80% do PIB. A avaliação é do consultor especializado em orçamento da Câmara, Ricardo Volpe. Ele afirma que a arrecadação tem ciclos ligados à atividade econômica, mas a despesa dificilmente é reduzida, o que impõe enorme desafio a todos os governos. Ele espera que o Executivo cumpra a promessa de déficit primário equivalente a 0,5% do PIB em 2023. Para 2024, o cumprimento da meta de zerar o déficit primário é fundamental para a credibilidade da nova âncora fiscal.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília
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