Os auditores fiscais da Receita Federal comemoram a vitória depois de mais de cinco anos de campanhas pela regulamentação do bônus de desempenho que vem sendo pago provisoriamente desde 2017, mas os bastidores do decreto que foi assinado ontem pelo presidente teve a ação do ministro Fernando Haddad para convencer Lula a desconsiderar os argumentos da Casa Civil. A força de mobilização dos auditores é temida por qualquer governo. Eles não precisam entrar em greve para exercerem grande poder de barganha. Operações padrão podem provocar congestionamentos em portos, aeroportos e postos de fronteira, com risco de paralisação da rotina alfandegária e da fiscalização tributária. O bônus de desempenho que vem sendo pago representa acréscimo de R$ 3 mil nos salários dos auditores, mas o decreto prevê que, a partir de 2024, haverá mais estabilidade e previsibilidade. Um comitê gestor poderá limitar o valor a partir da dotação orçamentária. Estima-se que, a partir de 2024, os auditores poderão receber até R$ 9 mil por meio do bônus.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília
Foto: Marcelo Camargo, Agência Brasil